23 de outubro de 2009

Águas Para a Vida, Não Para a Morte Usina Hidrelétrica!

Agradeço a atenção dos senhores, e retorno do meu e-mail;  encaminhando o anexo, e a solicitação para providências.   Enviada pelo Ministro Minc,  através da dignissíma Sra, conforme e-mail  transcrevo abaixo:


Chiara Laboissiere Paes Barreto
Analista Ambiental
Chefia de Gabinete do Ministro
Ministério do Meio Ambiente


Sua mensagem foi encaminhada ao Assessor Especial do
Gabinete Luiz Antônio Carvalho que trata da questão das comunidades
atingidas por barreiras e, também, à presidência do Ibama para
conhecimento e providências.


31/05/2009
Justiça Soberana 08
Povo Brasileiro,                                                                                           
Senhores Parlamentares,                                                                  


Em decorrência do acidente em 28/05/09 , que rompeu a parede da Barragem de Algodões I , no município

de Cocal Piauí, devido estar com fendas, e seu sangradouro bloqueado, enquanto nossos irmãos em total desespero, vendo impotente tudo ser arrastado pelas águas, pedimos a Deus pelos mortos e que dê esperança de viver aos sobreviventes.


Tragédia como esta que causa sofrimento ao povo brasileiro, tornou-se freqüente em nosso País. Quando o povo não é prejudicado pelas enchentes provocadas pela invasão das barragens, é prejudicado pela expulsão das suas terras para dar lugar a construção das usinas hidrelétricas.


“Águas Para a Vida, Não Para a Morte” . Usina Hidrelétrica! Não é Energia Limpa utilizadas e construídas da forma como está acontecendo no Brasil; sem regras, sem plano de gestão, aonde qualquer consórcio dita as normas, participa dos leilões, vende a energia por alto custo, utilizando nossa água, contaminando nossos rios, tratando o trabalhador brasileiro como escravo, pagando salários de mão de obra escrava.. Isso não está certo!.
- Além dos consórcios maltratarem o trabalhador, maltratam também o desapropriado expulsando-os de suas terras causando-lhes perda da auto-estima, deixando-os dormindo em barracas ao longo das estradas, sem dinheiro, desesperados.
- Para a construção das Usinas, cabe ao BNDES obrigatoriamente como norma, exigir a documentação legal, procedente e verdadeira, para liberar as verbas que muitas vezes é do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador.
- Ao inundar e destruir milhares de hectares de florestas e vegetação nativa, as barragens lançam na atmosfera toneladas de gases de efeito estufa, como o gás carbônico e o metano. Esses gases são provenientes da decomposição do material orgânico inundado.
- Cientistas têm alertado que grandes barragens podem ter o maior impacto climático por unidade de energia gerada que a geração com base em combustíveis fósseis, como as usinas de carvão.
- No Brasil, em particular, grandes hidrelétricas como Barra Grande e Tucuruí foram construídas para abastecer a indústria do alumínio, considerada “eletro intensiva”.
- Estas construções são proibidas de se instalar em países europeus e no Japão. Essa indústria gera poucos empregos, polui o meio ambiente e recebe energia elétrica a preços subsidiados com perda de 40% pelo governo, que descarrega o prejuízo no bolso do cidadão brasileiro pelo alto custo cobrado pela energia.
- Tudo isso, para exportar uma matéria-prima barata para os países ricos, que eterniza nossa condição de país dependente e atrasado. Alternativas Existem. Um novo modelo energético deve colocar a água e a energia a serviço e sob controle do povo brasileiro.
- Para isso, é necessário acabar com os subsídios públicos nas contas de luz das grandes empresas e garantir tarifas justas para a população mais pobre.
- Investimentos em eficiência energética, diminuição das perdas nas linhas de transmissão e retencialização das usinas hidrelétricas já construídas, aliadas ao desenvolvimento das fontes alternativas (solar, eólica, biomassa, geotérmica e das marés) tornarão desnecessárias a construção de novas barragens no Brasil.
- Em eletricidade, o Brasil ocupa no mundo uma posição semelhante à da Arábia Saudita em petróleo. Graças a isso, mais de 90% de nossa capacidade de geração se baseia em duas coisas gratuitas, a água das chuvas e a força da gravidade.
- Bacias hidrográficas generosas, com centenas de rios permanentes e caudalosos, se espalham por grandes regiões – Sul, Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte – cujos regimes de chuvas são bem diferentes. Por serem rios de planalto, seguem trajetórias em que, de modo geral, a declividade é suave. Quando barrados, formam grandes lagos.
- São energia potencial estocada. É só fazer a água cair, passando por uma turbina, que geramos a eletricidade mais barata do mundo, de fonte renovável e não poluente. Se as barragens forem construídas em seqüência, ao longo do curso de um rio, a mesma gota d água é usada inúmeras vezes, antes de se perder no oceano. Alocando recursos hídricos com planejamento e gestão a nível nacional de forma integrada com gestão de planejamento em meio ambiente. Os gestores deverão zelar.
- Os exploradores das Usinas deverão pagar pela água utilizada, ou pela energia produzida, o subsídio deve ser cortado; aplicar multas altíssimas por desrespeitar o meio ambiente. Se houver um planejamento estratégico eficiente em gestão poderá ser alienado plano de transporte fluvial, para isso deve-se tomar cuidado para não permitir moradias ou fábricas ao longo dos rios.
- Preservar as nascentes, grutas, cachoeiras. Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada, tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental.
- Melhor e mais barato será o tratamento desta água e, com isso, a população só terá aganhar.
- Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os tratamentos d água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada água pura. Este é o raciocínio – mais irracional – de que a técnica pode fazer tudo.
- Técnicas sofisticadíssimas estão sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um líquido tratado com tal grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do que o ser humano necessita. Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora possível para este problema, na situação grave em que o consumo da água se encontra, foi misturar e fornecer a população uma água de boa procedência com outra de procedência pior, cuidadosamente tratada e controlada. Vejam a que ponto teremos que chegar.
- Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos milênios.
Bacia do Rio Amazonas – 3.900 milhões de Km ²
Bacia do Tocantins-Araguaia – 767.000Km²
Bacia do Norte / Nordeste – 996.000 Km²
Bacia do São Francisco - 631.000 Km²
Bacia dos Rios da Região do Atlântico Sul trecho Leste – 569.000 Km²
Bacia do Rio Paraná – 1.237.000 Km² formada por 8 sub-bacias
Bacia do Rio Uruguai - 176.000 Km²
Bacia dos Rios do Atlântico Sul trecho Sudeste – 224.000 Km²
- Os especialistas estrangeiros em hidroeletricidade vinham até nós, para aprender,e nos invejavam.
- Que país não gostaria de ter um sistema energético limpo, renovável, barato capaz de estocar combustível para cinco anos, apto a transferir grandes blocos de energia do Sul para o Norte, do Nordeste para o Sudeste, gerenciando de forma integrada bacias hidrográficas fisicamente distantes milhares de quilômetros? Que planejador não sonharia pilotar um sistema que lhe dá vários anos de folga para tomar decisões, pois absorve sem nenhum problema qualquer descompasso presente entre oferta e demanda?.
No governo Fernando Henrique começou a operação – desmonte.
- O governo FHC entregou a charada a uma empresa inglesa, A Coopers & Lybrand, com a orientação de privatizar tudo! Fernando Henrique foi mais realista que o rei.
- Em suas mãos o melhor sistema hidrelétrico do mundo, o motor da economia brasileira, mas colocou a venda as usinas hidroelétricas que já existiam; - A antiga Eletrosúl (hoje) Gerasul (virou Belga). Cerj RJ (virou Chilena) , a Coelce (CE), a Coelba (BA) e a Celpe (PE), (virou espanhola); e assim por diante. Tudo com dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), retirado do nosso salário.
  • Em 1998, o BNDES, gerente do FAT, repassou R$ 5 bilhões para financiar os grupos privados que compraram estatais do setor elétrico. O BNDES é proibido de financiar estatais, por ser um Banco Fomento. Total conivência, tudo errado.
-  Em plena era Reagan, os EUA, pátria do liberalismo, haviam tomado o cuidado de preservar sob controle estatal o seu sistema de geração hidrelétrica, parte do qual continua a ser operado diretamente pelo Exércit
o. Isso se explica, de um lado, pela necessidade de preservar nas mãos do Estado o núcleo estratégico do sistema energético. Sem o qual o país pára. De outro, porque gerenciar hidrelétricas é gerenciar as reservas de água, com implicações diretas sobre abastecimento, irrigação agrícola, navegação interior, meio ambiente, pesca, turismo e inúmeras outras atividades.
- A França foi muito mais radical: seu sistema elétrico permanece estatal e monolítico.
- E o pior não parou ai!, quem pode ficar para sempre como aquele que finalmente cedeu ao poder econômico do mega-empresário Antonio Ermírio de Moraes é Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente que se diz defensor dos pobres e do meio ambiente.
- O mesmo presidente que no debate ocorrido na TV Bandeirantes durante a corrida presidencial de 2006, declarou perante o Brasil, que não deixaria que o Antonio Ermírio construísse a Usina no Vale do Ribeira. Mas o esquecimento de palavras e negação de discursos tem se tornado quase diário na vida de Lula.
- Foi publicado parecer do IBAMA colocando que a barragem trará mais impactos positivos do que negativos, com projeto repleto de imoralidade e recheado de irregularidades dos mais diversos níveis a começar pelo estudo de Impacto Ambiental (EIA)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_usinas_hidrel%C3%A9tricas_do_Brasil   


O desempenho ambiental e social do BID é inconsistente, no melhor de hipóteses. O BID iniciou uma revisão das suas políticas de meio ambiente, energia, povos indígenas, e do seu mecanismo de investigação em 2004. Apesar de consultas com grupos da sociedade civil, falta vontade por parte do BID de tomar medidas adequadas de elevar o nível de suas salvaguardas até aquelas do Banco Mundial, para citar um exemplo.


A Corporação Andina de Desenvolvimento (CAF), é outra instituição financeira multilateral importante. Enfocando na região andina, a CAF prove dobro o nível de financiamento na região do que o BID. A metade dos US$5,5 bilhões que emprestaram em 2006 foram aos grandes projetos de infra-estrutura. A CAF dispõe de políticas ambientais e sociais muito fracas, e não há mecanismos de inspeção no banco.


Uma agencia com cada vez mais influencia é o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil (BNDES). O BNDES aprova mais de US$20 bilhões de empréstimos anualmente. Como a CAF, o BNDES não tem políticas adequadas para garantir a proteção do meio ambiente. Através do seu banco de exportação e importação, o BNDES já financiou estradas, barragens, e linhas de transmissão em outros países sulamericanos.
01) Barragem de Tijuco Alto - Interesse da Votorantin é exportar energia barata do Vale do Ribeira para o 
mundo. O lucro fica com a Votorantin. E a população do Vale já sabe que serão contratados por serviços temporários com mão-de-obra barata apenas durante a construção; e 60 empregos fixos, com mão-de-obra altamente especializada e importada de outras regiões do país. A começar pelo próprio Estudo de Impacto Ambiental (EIA) no qual a consultoria contratada foi a CNEC Engenharia, empresa do grupo Camargo Corrêa, que vem sendo parceira da CBA em outros empreendimentos Brasil afora. Será que a CNEC faria um estudo idôneo, imparcial? Certamente que não.
  • A Hidrelétrica de Tijuco Alto, no Vale do Ribeira (SP e PR), vai completar 20 anos em setembro sem nunca ter produzido um único megawatt (MW). Afundado em questionamentos ambientais, o projeto da usina, concedida em 1988, por meio de decreto, à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, já foi visto e revisto inúmeras vezes pelos órgãos ambientais e, mesmo assim, até hoje não há uma decisão definitiva sobre a obra. Por Renée Pereira e Sonia Racy, de O Estado de S. Paulo, sábado, 12 de julho de 2008, 17:22 | Online
- A Camargo Corrêa é uma das participantes do Consórcio Via Amarela e uma das responsáveis pelo buraco do metrô em São Paulo. Outro consórcio – Enercan – formado pelo Banco Bradesco, Votorantin e Camargo Corrêa.
- Foi responsável pela rachadura de uma barragem em 2006 no município de Campos Novos (SC) Relações incestuosas, incompetência, perigo... Dá para confiar na CNEC e na CBA? A população faz protesto contra a construção da Usina.
02) Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó construção do complexo industrial da Votorantin Celulose e

Papel operários que trabalham na construção da usina hidrelétrica paralisaram as obras.
Um trabalhador foi espancado pelos seguranças das empresas responsáveis pela obra, que são a Votorantin, Camargo Corrêa e Bradesco.
As queixas, novamente foram: impedidos de comer, pois a empresa não permite refeições fora dos horários estabelecidos; a rotina no alojamento como a de uma prisão, não podem sair quando querem, baixos salários, baixa qualidade da alimentação, insegurança no trabalho, aqueles vítimas de acidente de trabalho não tem recebido tratamento adequado, repressão interna.
As empresas donas das hidrelétricas para obterem altos lucros, submetem os trabalhadores a uma situação quase que de trabalho escravo.
O estudo feito pela ONG Defensoria da Água, a Votorantin está entre as dez empresas que mais poluem as águas no Brasil.
03) Usina Hidrelétrica Serra da Mesa - GO grupo privado VBC (Votorantin, Bradesco, Camargo Corrêa
possui 51%) e a estatal (Furnas 49%?) das ações.
Foram expulsas da região, 3.700 famílias atingidas, nenhuma família foi contemplada, as famílias não receberam qualquer aviso antecipado, muito menos indenização.
As famílias com sérios problemas financeiros morando em cabanas, com auto estima abalada.Com a construção da Hidrelétrica de Serra da Mesa houve um grande impacto ambiental e social em toda a região atingida pelo alagamento. Muitas famílias perderam suas terras indo para as cidades próximas, grande parte do cerrado e sua história ficaram debaixo das águas. O objetivo do Memorial Serra da Mesa é resgatar a historia da regiãoo e promover a educaçãoo ambiental se tornando um centro de referência da cultura goiana, especialmente da região  de Serra da Mesa.
A empresa construtora começou a fazer acordo prolongado até o ano de ? 2011, para beneficiar as 800 famílias desamparadas.
04) Usina Hidrelétrica de Barra Grande –RS consórcio formado pelo grupo Votorantin,




Bradesco,Camargo Corrêa, Alcoa e CPFL – fraude em estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) elaborado pela empresa de consultoria Engevix,.
A existência de dois mil hectares de florestas virgens de araucária e mais outros quatro mil hectares de florestas em estágio avançado de regeneração, foi completamente ignorado pelo relatório aonde dizia: “pequenas culturas, capoeiras ciliares baixas e campos com arvores esparsos” alegando que a área inundada não tem grande significância.
A omissão do órgão fiscalizador é de total irresponsabiliddade. São milhares de pessoas que perderam casa, trabalho regular e demais fontes alternativas de renda, relações sociais estáveis e a posse da terra.
A empresa começou a encher o lago da usina sem licença ambiental, o que em tese configura crime de acordo com a Lei de Crimes Ambientais.
- Obra com financiamento do BNDES. Pergunto? O BNDES para liberar qualquer verba tem que obrigatoriamente exigir toda documentação, de acordo como manda a Legislação; porque não cumpre a sua função de Banco Fomento do Governo, custeado pelo povo brasileiro, e cumpre as normas com rigor.
05) Usina Hidrelétrica de Jirau em Rondônia (698km.Porto Velho) Rompimento operado pela
hidroelétrica de Jirau
Lula no Jirau
Eletrobras Eletronorte e por produtores independentes de energia,grupo privado Cebel (Centrais Elétricas Belém S/A) com volume estimado em 3,1 bilhões de litros de água e cerca de 40 metros de altura.


O acidente colocou em risco moradores das cidades de Pimenta Bueno e Cacoal, cortadas pelo rio Comemoração ou Melaço onde fica a usina. Os moradores de Pimenta Bueno que haviam sido desalojados retornaram as suas casas.
  • A angústia e a luta deste rio frente ao poder econômico e político na construção de duas megahidrelétricas. Ribeirinhos, agricultores, comunidades indígenas, ao todo o projeto trará inicialmente, com a construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, impactos para 5 mil pessoas que vivem deste rio. Repetindo a história de um século atrás, como na implantação da Linha de ferro Madeira - Mamoré (conhecida como a Ferrovia do Diabo), o governo entrega as transnacionais a exploração de recursos naturais e humanos da Amazônia]
Usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (Rondônia)
Em apenas sete minutos, o consórcio liderado pela construtora Odebrecht e a estatal Furnas venceu o leilão para fazer a usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (Rondônia), orçada em R$ 9,5 bilhões. O projeto, polêmico, foi contestado por ambientalistas durante meses. As obras terão início no fim do primeiro semestre de 2008 e a usina gerará energia em 2012. Há 13 anos, o país não tinha obra desse porte. O grupo vencedor ofereceu R$ 78,89 o megawatt-hora, valor que é 35,3% abaixo do teto de R$ 122 fixado no edital do governo. 
Outros dois grupos que disputavam o leilão também ofereceram preços bem abaixo do edital (R$ 98,05 e R$ 94). O BNDES deverá financiar 75% da obra e o consórcio poderá vender 30% da energia gerada no mercado livre, cobrando o que desejar no futuro. Segundo analistas, confiando nessa receita futura, o consórcio teria oferecido o deságio de 35% no leilão. (págs.1, 25 a 27 e editorial "Apetite privado")
Usina Hidrelétrica de Samuel, no rio Jamari, na região Amazônica, no Estado de Rondônia

06) Usina Hidrelétrica de Estreito Divisa de Tocantins com o Maranhão, na cidade de Estreito. A

construção da Usina Hidrelétrica com potência de 1.087 MW, trará impactos sociais e ambientais para a população de Estreito, e atingirá 12 municípios.
Estima-se que mais de 20 mil pessoas serão desabrigadas. Um lago de 555 Km2.de superfície, com 400 Km². de terras inundadas será o mais novo cenário na divisa do Estado do Tocantins com o Maranhão, na cidade de Estreito.
A construção da Usina Hidrelétrica trará impactos social-ambientais para a população de Estreito, e atingirá 12 municípios dez no Tocantins: Aguiarnópolis, Darcinópolis, Babaçulândia, Filadélfia, Palmeirante, Barra do Ouro, Goiatins, Itapiratins, Palmeiras do Tocantins, Tupirantins, Estreito, e Carolina no Maranhão e as Tls Apinajé e Krahô no Tocantins , e Krikati no Maranhão.
O consórcio Estreito Energia (oeste) é formado pela Belga Tractebel, subsidiária da francesa Suez, com 40,7% das ações, %, empresa do consórcio Alumar.
Negocia carbono com o Banco Mundial, recebe financiamento do BNDES, Alcoa, com 25,49%, Vale do Rio Doce CVDR com 30%, tem financiamento do BNDES, Camargo Corrêa com 4,44% , recebe financiamento do BID, e do IFC.
Os empregados e as Ongs que acompanham o sofrimento dos desamparados diz: O consórcio Tractebel é composto por funcionários cruéis, falsificam documentos, laudos, maltratam os empregados não concluem a obra corretamente, trabalham sem qualquer supervisão.


  • Os prometidos 35 postos de trabalho abertos nas obras de construção da Usina Hidrelétrica de Estreito, UHE, minguaram. Considerada "uma das maiores do  mundo", na megalômana avaliação do ex-ministro das Minas e Energia e agora senador em busca da renovação do mandato, Edison Lobão (PMDB), a construção da hidrelétrica geraria, inicialmente, 10 mil diretos.  Essas vagas encolheram em ao menos em 80%.  As obras civis da hidrelétrica no rio Tocantins, na divisa do Maranhão com o Estado do Tocantins, foram iniciada em junho de 2007, primeiro ano do segundo mandato do presidente Lula. Depois de efetivado o desvio do rio, em setembro de 2009, pouco a pouco foram sendo fechados os postos. Dentro do canteiro de obras, são os baianos os manda-chuvas. Contratados pela OAS, empresa baiana do ex-genro do falecido cacique Antonio Carlos Magalhães, os baianos têm paralisado a obra a cada reivindicação de aumento de salário. Adotam o estilo, aqui ninguém entra.Tudo é abafado. Muito bem abafado também são os números elevados de óbitos por acidente de trabalho. Com as obras civis nas alturas, são principalmente os maranhenses de municípios vizinhos que mais sofrem. Sem preparo físico eles são atacados de tonturas, muitas vezes com consequências fatais. Com investimento de R$ 3,6 bilhões, a UHE não tem produzido os propalados efeitos transformadores nos dois municípios maranhenses mais impactados:Estreito e Carolina,  sobretudo, no aspecto ambiental: . Por parte do próprio Consórcio Estreito Enegia UHE, CESTE, há reconhecimento institucional de que obra afetaria algumas jazidas minerais, exploradas legalmente (areia, cascalho e argila). Isso de fato ocorreu. A turística Carolina não conta com sistema de esgotamento sanitário, o que afujenta turistas estrangeiros. Em Estreito a situação é mais caótica ainda. Não há nada. (Henrique Bóis)
07) Barragem Cana Brava – Minaçú-GO . Deixaram 700 famílias sem reassenta-mento rural.


Soltaram as águas soterrando 250 corpos, não retiraram os cadáveres e falsificaram a inserção de declaração falsa em cerca de 250 escrituras pública.
A empresa belga – Tractebel Energia desrespeita o Contrato Público N. 185/98.
Assinado entre a Tractebel Energia e a União Federal. Com a inércia dos Governos Federal e Estadual, a dita empresa , inundou 114.000 hectares de mata virgem .
Total do calote :R$.80.000.000,00 (Oitenta milhões de reais. Atingiu 114.000 mil hectares de terras particulares.
Perda total da madeira de lei e comum.
Não retiraram os animais.
Não realizaram o desmatamento. Toda a vegetação foi degradada
E mais. Para não reassentar essas 700 famílias, engendrou uma série de mecanismos para falsificar as 250 escrituras públicas dos cadáveres com o fito de excluir os atingidos.
08) Barragem Euclides da Cunha e Barragem Limoeiro (ASO) Rompimento 114 milhões de litros de água, ondas de 10 metros de altura seguiu cortando vastas áreas da floresta Amazônica
O operador sabia o que fazer; abrir as comportas, mas não tinha telefone para pedir autorização. “ Falta elaborar sistemas de operação em situação de emergência”.
09) Barragem Camará na Paraíba Obra sem (EIA/RIMA) Rompimento o produtor Aquiles Leal perdeu 12 hectares de cana de açucar e as fontes de água mineral da fazenda; cerca de 130 mil moradores dos municípios ainda sofrem com a falta de abastecimento de água, compram água a custo elevado abastece a caixa carregando a água de carroça.
Cinco pessoas morreram e 3 mil ficaram desabrigadas. A barragem sofreu outro desmoronamento 11 dias depois O Ministério Público Federal e Estadual, estudam as causas do rompimento.
No entanto, a execução da injeção de cimento foi incompleta, cuja ineficiência conduziu à ruptura da fundação, responsáveis , CRE Engenharia Ltda. e Andrade Galvão Engenharia Ltda.
10) Barragem em Aporé - GO Rompimento Parque Nacional das Emas ; barragem com irregularidade no projeto de engenharia, ondas inunda plantações e danifica casas , os moradores tiveram tempo de escapar das ondas.
A Usina de responsabilidade da - Espora Energética empresa de Goiânia. A destruição no local “foi total”. (EIA/RIMA) suspenso.
11) Barragem em Nova Lima – MG Rompimento da barragem de rejeitos de minérios da Mineração Rio Verde causou a morte de cinco pessoas além de danos ambientais ao distrito de São Sebastião de Águas Claras, em Nova Lima.
Com o rompimento, quase 600 mil metros cúbicos de rejeitos atingiu o córrego é uma área de proteção ambiental na região, houve a morte de 7 toneladas de peixe; crime contra a flora, fauna e unidade de conservação. Empresa responsável: Consórcio Mineiro de Engenheiros Consultores Ltda.
Dois engenheiros da empresa responsável foram presos.
12) Barragem do Rio Flores – MA Rompimento. Usada pela Vale do Rio Doce e, Alumar Alumínio. 91% da energia é usada no Maranhão, e 9% da energia é usada no Pará.
O deputado Manoel Ribeiro (PTB) fez duras críticas, à falta de manutenção nas comportas da barragem do Rio Flores, um dos problemas causadores das enchentes no rio Mearim. Ribeiro disse que há mais de 10 anos que ele vem alertando, na Assembléia, para o problema, mas nenhuma inspeção foi feita, o que tem causado vários transtornos aos maranhenses.
Manoel Ribeiro contou que a Barragem do Flores foi construída pelo ex-presidente José Sarney. "Desde lá não houve nenhuma manutenção. Era para o que eu chamava atenção? Para que essa barragem tivesse uma manutenção dos governos e que, no período de seca, abrissem a barragem. Com isso iríamos beneficiar os municípios ribeirinhos, porque ia povoar de peixes, uma vez que lá está cheio de peixes, e evitaria agora essa tragédia que caiu sobre municípios", afirmou. ,
Há cinco anos não é aberta. a barragem no Rio das Flores, afluente do Mearim.
O governo não manda ali: a barragem é controlada por uma cooperativa??. Dizem até que as comportas emperraram.
60 mil pessoas atingidas 10 mil pessoas estão em abrigos públicos, com ajuda humanitária, decretado estado de emergência.
Uma das comportas da barragem do Rio Flores foi aberta, a outra comporta estava emperrada por falta de manutenção. O lago gigantesco com 70 Km². transbordou inundando tudo através das ondas gigantes.
13) Barragem de rejeitos da Mineradora Rio Pomba Rompimento, atuam na extração do minério na
região Companhia Brasileira de Alumínio, que faz parte o grupo Votorantin e a mineradora Rio Pomba Cataguases.
Despejou, segundo a estimativa da Defesa Civil de Minas Gerais, cerca de 2 milhões de metros cúbicos de lama de bauxita com sulfato de alumínio  no rio Fubá causando a morte dos peixes, em Mirai.
Casas foram atingidas, e famílias do próprio município de Mirai e outros próximos, como Muriaé e Patrocínio do Muriaé ficaram desabrigadas.
Afirmaram que os rejeitos não são “tóxicos”, a quantidade de lama despejada é uma “sujeira concentrada” que interfere na composição do solo, prejudica a produção agrícola e aumenta as partículas em suspensão (quantidade de material sólido) na água, impossibilitando o tratamento eficaz nas usinas, ocasionando a falta de água para a população da região.
Em 2006 ocorreu o primeiro vazamento na mesma barragem. Em menores proporções. O acidente desabriga muitas famílias e deixou a população da região sem água durante dias. A Fundação Estadual do Meio Ambiente de MG entrou com processo para multar as empresas, de R$ 75 milhões .
14) Termelétrica no Ceará Uma ação tenta barrar na Justiça, o início das obras a ser construída no Pecém,
Termoelétrica de carvão
Litoral Cearence ( a 60 Km.de Fortaleza). Motivo! Uso do carvão mineral para geração de energia, combustível fóssil poluente que ajuda a provocar o aumento do aquecimento global. É mais um empreendimento do grupo MPX, do empresário Eike Batista, que pretende instalar no país nove termoelétricas nos próximos anos, seis delas movidas a carvão. Além da emissão de gases e metais poluentes, a queima de carvão libera dióxido de carbono, o CO2: a energia solar (de 78 gramas a 217 gramas), a eólica ( de 10 gramas a 38 gramas) e a hidrelétrica ( de 4 gramas a 36 gramas).
O carvão é a opção hoje preferida por empresários por ser a mais lucrativa. A energia a ser produzida pela usina do Pecém, já foi comercializada pela MPX, em um leilão de energia promovido em outubro do ano passado, com um preço de R$125,95 por MWh
O Defensor Público Thiago Tozzi está movendo ação civil pública para anular a licença ambiental já concedida pela Semace - Superintendência de Meio Ambiente do Estado do Ceará.
A licença EIA/RIMA - impacto ambiental, produzido por empresa contratada pela MPX do Eike Batista é incompleta. Em uma região como o Ceará, onde não tem, muitas vezes, água suficiente até para o consumo humano, um projeto desses causará sérios danos especialmente sociais, na luta pelo direito a água”. O Sr. Eike Batista diz cinicamente: que está fazendo mais do que o dever de casa. O Sr. Eike Batista deve entender que tanto ele como seu pai Eliezer Batista que ajudou Getúlio a fundar a CVRD, já tiraram muito do Brasil, e devem deixar o cidadão brasileiro também desfrutar do Patrimônio Público e meio ambiente.

“ REALMENTE O BRASIL VIROU A CASA DA MÃE JOANA AONDE TODOS MANDÃO FAZENDO O QUE BEM ENTENDEM; SÓ ESTÁ FALTANDO AÇÃO, POR PARTE DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS “.


         E o mais impressionante, é toda essa irresponsabilidade ser financiada pelo BNDES.


15) Rio Madeira – Amazonas - Ong Bank Track é uma Ong de inteligência financeira montada pelo WWF, Novib ( governo holandês) e Mott Foundation para descobrir falhas ou eventuais debilidades em financiamentos de grandes projetos de países do “Terceiro Mundo” e assim alimentar as campanhas movidas a eco dólares pelo aparato ambientalista contra esses empreendimentos.
No caso fica claro que poderosos interesses do Establishment anglo-americano, que financiam as Mega Ong como o WWF, Friends of the Earth e outras; querem impedir que o Brasil possa utilizar o imenso potencial hidrelétrico – e outros – da Amazônia e criar obstáculo ao próprio desenvolvimento industrial da regiãoApós a tragédia das cheias surgem as epidemias, as crianças são as maiores vítimas; além das epidemias, os mais pobres perdem os utensílios de suas residências, e ficam enfrentando uma situação penosa.
- Entre os impactos denunciados estão: solo empobrecido, contaminação dos riachos, destruição de nossa fauna e flora; expulsão das famílias do campo, prostituição, mudança na paisagem e, principalmente, doenças como hepatite e câncer.
- Antonio Maira da CPT, relata que nos últimos 10 anos o número de doenças e atendimentos em hospitais locais aumentaram.
- Há também uma preocupação em relação às áreas de preservação ambiental. De acordo com Antonio Maira, as empresas já falaram em bauxita dentro da Área de Proteção Ambiental da Serra das Aranhas.
E posteriormente, o Parque estadual da Serra do Brigadeiro. Atualmente existem 42 processos de licenciamento da CBA e 11 da Rio Pomba Cataguases junto à FEAM que podem ameaçar a biodiversidade e as famílias do local na “ Zona da Mata”.
- Conforme menciona Antonio Vieira (Tonhão) membro do Fórum e representante da sociedade civil no Copam.
- “Queremos chamar atenção também para questão dos sentimentos das pessoas”. Um acidente como esse causa danos sentimentais irreversíveis.
- A maioria dos técnicos, ao licenciar um projeto, não leva em conta a biodiversidade e as famílias que vivem no local.
- Conforme o Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB – Secretaria Nacional – Existem no Brasil aproximadamente 2.000 barragens .
- Para 2015 prevê a construção de mais 494 grandes barragens. Segundo a Eletrobrás também existe um potencial que poderá vir a ser explorado em PCHs ( Pequenas Centrais Hidrelétricas) em torno de 942 novas barragens.
- No governo Lula estão projetados a construção de mais ou menos 70 grandes barragens.
- Porém, os mesmos planos do governo em nenhum momento apontam o número de famílias atingidas, não existe nenhum estudo real por parte do Governo quanto ao número de famílias a serem expulsas mas o MAB possui estimativas de que este número chegue a 100 mil famílias expulsas pelos projetos do atual governo.
- Um milhão de pessoas foram expulsas de suas terras devido a construção de barragens. Isto corresponde a 300 mil famílias.
- Dados do MAB apontam que a cada 100 famílias deslocadas, 70 não receberam nenhum tipo de indenização.
- Devido a situação de abandono que ficam as famílias desapropriadas pela construção das barragens e hidroelétricas em suas áreas.
- A Secretaria Executiva da Rede Brasil Ong que monitora Instituições Multilaterais Fabrina Furtado.
- Querem que o BID e o BNDES responsabilizem as empresas pelos danos ocorridos.
- Há danos irreparáveis, salientou, as famílias estão se alimentando dos animais que ficaram ilhados.
- O Governo Federal tem facilitado de maneira nunca antes vista na história deste país, estes e outros processos de licenciamento. Como ocorreu no rio Madeira.

A construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, está trazendo mudanças rápidas na vida de pessoas e ao meio ambiente. Juntas, elas serão a terceira maior hidrelétrica do país, e já causam grandes impactos na região. - O mais visível é na natureza: movimentação de terra, alteração do fluxo do rio, formação de um lago artificial. Há também importantes consequências econômicas e sociais. Por isso são projetos que sempre provocam polêmicas.
Sedimentos
Uma delas é sobre os reservatórios de água. Não quanto ao tamanho, porque serão relativamente pequenos, mas quanto ao risco de assoreamento, o depósito de sedimentos no fundo dos lagos. -  Os reservatórios poderão alagar mais áreas de floresta, as usinas perderão potência e a vida útil delas irá diminuir.
O professor da Universidade Federal de Rondônia, Luiz Fernando Novoa, diz que as pesquisas sobre o comportamento do Rio Madeira foram insuficientes e dá um conselho para quem vem para a região. “Procurar estudar mais a Amazônia, em primeiro lugar, ter menos arrogância com ela. Deixa- lá de ver como estoque de terras, de madeira, de biodiversidade ou de energia.”


- Angra III, instalado em local de difícil escoamento em eventual emergência de contaminação falta planejamento estratégico de fuga.
- Na Transposição do Rio São Francisco. O IBAMA desmembrado em dois institutos deixando o novo IBAMA apenas com os papéis de fiscalização e licenciamento enquanto o novíssimo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICM Bio) ficando apenas com a gestão da Unidade de Conservação.
- Esta divisão colocou todo o processo de licenciamento a cargo dos chamados técnicos, que têm uma visão predominantemente da engenharia, o que leva a crer que todos os licenciamentos a partir de agora serão concedidos, desde que seja possível colocar muito concreto de manteiga segura; segurança segundo o conceito dos consultores amigos dos empreendedores.
- Esta nova e triste perspectiva se deve ao enfraquecimento do Núcleo de Educação Ambiental – e de toda a Política Nacional de Educação Ambiental e ao distanciamento dos conservacionistas, agora no ICM-Bio.
Senhores Parlamentares, Procuradores do Ministério Público Federal, mediante o desrespeito dos mineradores e dos exploradores da energia elétrica em nosso País,  sendo eles os responsáveis pelas construções das Usinas Termoelétricas como relato acima, mediante reportagem nos jornais, pesquisas, em depoimentos dos prejudicados, através das ongs. de apoio humanitário, o trabalhador assim como os desapropriados que ficam sem sua terra, sem direito a viver com dignidade, estão sofrendo tortura psíquica, física e moral. Como são pessoas humildes, de baixo poder aquisitivo, tornam-se indefesas perante os mega-empresários.
Fato que deve ser investigado. Além da crueldade aplicada, os responsáveis pela construção das barragens usam de péssimo conhecimento técnico nas estruturas das mesmas, vindo a ruir causando novamente danos morais, materiais e psíquicos na cidadania.
Com todo o meu respeito,
Marilda Oliveira
e-mail - Presidência - Senado – Câmara – Conama – Integração Nacional – IBAMA – Meio Ambiente - BNDES – MDICE – MJ - MPF.

18 de outubro de 2009

Genro de FH é o sheik do petróleo


CPFL - O último ato de David Zylbersztajn foi "vender" a Companhia Paulista de Força e Luz, responsável por 06% do consumo nacional, o correspondente a todo o consumo do Chile, em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo. Seu preço mínimo foi orçado em US$1,7 bilhões, mas o BNDES vai "ajudar" o comprador com 70% do valor de compra. Isto significa que o Governo FHC, que quer cortar 2 bilhões da área social, através do pacote de Natal, vai emprestar cerca de 1.37 bilhão para que o grupo VBC (Votorantin, Bradesco e Camargo Correa), vencedor do leilão relâmpago de cinco minutos, realizado na Bovespa, passe a pagar "o preço" em suaves prestações e com carência de quase 20 anos. A Votorantin é de propriedade do empresário Antônio Ermírio de Moraes. Os outros três grupos inscritos para o leilão foram.: a belga Tractebel e a Light, empresa que é controlada pela francesa EDF (Élétricité de France) e as norte-americanas AES Corporation e Houston Industries Energy e o grupo brasileiro Oportunity, que ainda não revelou seu sócio estrangeiro.  
Uma fábula em dinheiro - Em São Paulo, as três hidroelétricas - CESP, Eletropaulo e Companhia Paulista de Força e Luz - estão sendo privatizadas. Elas valem 42 bilhões de dólares, mas o Governo paulista só espera arrecadar 10 bilhões com a venda. Para onde é que vai o restante do dinheiro? À frente deste negociação - as cifras são gigantescas: só a CESP opera 22 hidroelétricas que produzem 23% da energia gerada no Brasil; só São Paulo consome mais energia do que todos os países do Mercosul juntos, fora o Brasil - está ninguém menos do que o genro do Presidente   Fernando Henrique, David Zybersztajn, secretário estadual de Energia do Estado. Este é o segundo familiar de FHC envolvido em negócios suspeitos. O primeiro é a nora Ana Lúcia Magalhães Pinto, casada com Paulo Henrique Cardoso e indiciada juntamente com os irmãos donos do Banco Nacional, que já causou ao país um prejuízo de cerca de 10 bilhões de dólares. Depois do escândalo, Paulo Henrique arrumou uma separação com Ana Lúcia e passou a namorar Tereza Collor de Mello, viúva do irmão do ex-Presidente Fernando Collor de Mello.  

11 de outubro de 2009

Enchente no Ceará Ajude as vítimas


Acompanham os jornais? A tv? Estão vendo esse movimento de comoção nacional em prol das vítimas das enchentes no norte-nordeste? Não? Eu também não.
Desde o início as regiões Norte e Nordeste sofrem com uma temporada de chuvas que já atingiu mais de 300 municípios. O número de desabrigados, até o momento, ultrapassa 184 mil pessoas, mais do que o dobro das vítimas de Santa Catarina em 2008, que na época uniu o país e seus veículos de comunicação. Inclusive, na época, a Cruz Vermelha aqui do Estado do Ceará foi a primeira a iniciar campanha de arrecadação de alimentos, como bem lembrou o Gabriel do Silenzio de onde eu captei essas informações.
Para completar a catástrofe, cidades inteiras estão ilhadas, sem acesso às capitais e pessoas correm risco de morte por não poder se deslocar para hospitais no litoral. Colheitas estão perdidas, rebanhos mortos e várias indústrias estão comprometidas, ocasionando em um prejuízo econômico ainda incalculado. - por Eightbits em artigos às 8:55
Estados como Santa Catarina e o Rio Grande do Sul já arrecaradam doações (roupas, água e alimentos) para as vítimas das chuvas no Ceará. Segundo o escritório da Cruz Vermelha no Estado, o problema agora é fazer com o que foi arrecadado chegue até as vítimas.

Patrícia Albano, representante da entidade em Fortaleza, informou ao L.D. que está em contato com a Infraero na tentava de viabilizar o transporte aéreo. Segundo ela, durante a enchente de Santa Cataria, a Cruz Vermelha do Ceará foi a primeira a enviar mantimento para os desabrigados. Agora, os catarinenses esperam ajudar da mesma forma, mas sem o transporte, isso não pode ser feito de forma rápida.
Patrícia explica ainda que a ajuda que está chegando dos cearenses não é suficiente para as vítimas, por isso a preocupação dela em conseguir parcerias com empresas e voluntários. A Igreja Betesda cedeu um galpão para que essas doações sejam alojadas no local.
Esperando mais uma participação em massa da blogosfera brasileira, o L.D. faz um apelo: se você tem um blog, um site, uma lista de e-mail, participa de alguma rede social, ajude na divulgação desta informação. É fundamental que as empresas de transporte ajudem. É preciso sensibilizar também as companhias áreas e empresas de táxi aéreo para que emprestem helicópteros

Tanto a Cruz Vermelha em Fortaleza quanto a Defesa Civil do Ceará informam que não existe nenhuma conta bancária aberta para depósito de dinheiro. Este aviso é importante para aqueles eventuais golpes na internet para enganar as pessoas. As duas entidades reforçam que as doações de água potável, alimentos e roupas.
Segundo a Defesa Civil do Ceará, em todo o Estado há mais de 15 mil pessoas desabrigadas e 24 mil desalojadas. Nove pessoas morreram e 134 estão feridas. Pelo menos 23 municípios já decretaram, estado de emergência e 42 registram algum tipo de problema.
Os interessados em ajudar com transporte e doações podem entrar em contato com a Cruz Vermelha, os telefones são: (85) 3472.3535 ou 8821.8616. A Defesa Civil do Ceará atende pelo telefone: (85) 3101.2211.
Foto acima é de Jaguaruana

Vítimas da Guerra (Victims of War)

0raphaelmaximo0 - 21 de abril de 2009 Uma das partes de um trabalho escolar sobre os atuais conflitos no oriente. Esta seria a parte final do vídeo de aproximandamente 1 hora que relata conflitos como o da Palestina, Iraque, Caxemira e Timor Leste. Este é composto apenas de imagens tristes de pessoas que se feriram ou perderam suas vidas nessas guerras. Categoria: Educação Palavras-chave: guerra war mortos children death

Vidas Secas de Graciliano Ramos

Um dos aspectos que mais impressionam na obra de Graciliano Ramos é o seu tema sempre atual.
O romance escrito entre 1937 a 1938,enfoca o problema das secas e as condições de vida miseráveis do sertanejo brasileiro.
Condições essas que praticamente não se alteraram. Sua relação com os dias atuais, sob
a ótica da animalização do homem, e o descaso do governo com o problema da seca no Nordeste do País..

Sertão e seca - Foto: Google imagens
Enquanto todo o País se compadece das vítimas das chuvas em Santa Catarina, os sofridos habitantes do agreste e sertão de Pernambuco e de outros Estados do Nordeste convivem há anos com a seca situação, com humildade e conformismo de frades franciscanos, diante da total indiferença da população e dos governantes das esferas estadual e federal, que muito pouco fazem para acabar com este martírio. Drama que envolve mais de 450 mil nordestinos, vítimas constantes da seca só no Estado de Pernambuco. Todos os anos, a mesma história: só se pratica ações paliativas para amenizar o problema. Nos desertos de Israel, há décadas, soluções inteligentes de irrigação foram adotadas, transformando áreas improdutivas em oásis e áreas cultiváveis. O que falta, além da atenção ao nordestino da seca, é moralidade e decisão política para acabar com esta situação, em contraponto aos interesses também políticos e econômicos para que esta miséria permaneça.
Rodolfo de Sá Cavalcanti - Recife-PE

4 de outubro de 2009

CIA planejou terror no Brasil sob regime militar-Cientista Marta Huggins

84ª SESSÃO/ORDINÁRIA, EM 11 DE OUTUBRO DE 2001.
Presidência dos Deputados Francisco Appio, José Ivo Sartori e Mário Bernd.
Às 15h15min, o Sr. Francisco Appio assume a direção dos trabalhos

CIA tinha licença para matar no Brasil

Cientista americana Marta Huggins estuda a atuação da CIA. na América Latina; Martha investigou a atuação da CIA. no Brasil após ter acesso aos documentos secretos do governo americano que foram liberados pelo presidente Bill Clinton. Cconta que em troca de recursos para treinamento, EUA tinham liberdade para agir em solo brasileiro
AMAURY RIBEIRO JR., FABIANO
LANA E RAPHAEL GOMIDE

BRASÍLIA – O engenheiro químico americano Robert Hayes não foi o único agente da CIA (Serviço Secreto dos Estados Unidos) a desembarcar no Brasil para participar de ações de espionagem e repressão contra militantes de esquerda durante o regime militar (1964-1985), conforme divulgado ontem pelo Jornal do Brasil. Especialista nas relações entre a CIA e os governos latino-americanos, a cientista política americana Marta Huggins confirma que outros agentes do serviço de espionagem vieram ao Brasil com a mesma missão confiada a Hayes.

O pedido feito pelo FHC para os EUA abrir escritório de Inteligência americana em São Paulo.

De acordo com suas pesquisas, nas décadas de 60 e 70 a CIA doou recursos para o treinamento de 100 mil policiais brasileiros. Em troca, a CIA tinha liberdade para agir no Brasil. A cientista descobriu que em palestra secreta a senadores americanos, um diretor da CIA informou que a polícia brasileira participava da tortura. O governo brasileiro, argumentou o diretor, justificou o uso de tortura para evitar o risco de os comunistas tomarem o poder.

As pesquisas de Martha apontam que as ligações da CIA com o Brasil foram intermediadas por um organismo denominado Office of Public Safety (OPS), que oferecia técnicas de uso de armamentos até ajuda na formação de esquadrões da morte. Oficialmente, a CIA atuou no Brasil no intuito de "democratizar os sistemas penais dos países beneficiários". Por trás da fachada democrática sustena a brasilianista, os agentes participavam até de assassinatos.

Fachada – "Esse tipo de colaboração foi muito mais comum do que se imagina. Por baixo da fachada de treinamento de policiais, a CIA sempre conseguiu se infiltrar no Brasil", afirmou a professora, que está em São Paulo ministrando um curso para estudantes universitários americanos. Martha é professora titular de sociologia do Union College, em Schenectady, estado de Nova Iorque.

Martha investigou a atuação da CIA no Brasil após ter acesso aos documentos secretos do governo americano que foram liberados pelo presidente Bill Clinton. Suas conclusões foram, reunidas no livro Polícia e política: Relações Estados Unidos/América Latina, recém-lançado pela Cortez Editora. De acordo com Martha, as autoridades americanas sempre souberam que os agentes da CIA praticavam atividades ilegais no Brasil. A população americana, entretanto, ignorou o assunto.


Os documentos reunidos pela professora comprovaram que a CIA esteve por trás da montagem do Serviço Nacional de Informações (SNI) até mesmo questões como formação de pessoal qualificado e organogramas. A OPS, escreveu Martha em seu livro, elogiou uma série de atitudes repressivas promovidas pelo governo brasileiro como a instituição da pena de morte e a deposição do vice-presidente Pedro Aleixo em 1969.

“A History of Death Squads in Rio de Janeiro and São Paulo”
Na década de setenta e início da de oitenta outros grupos de extermínio passaram a agir no Rio em geral e baixada Fluminense em particular. Entre outros destacou se um sinistro personagem denominado “Mão Branca” que, na verdade escondia um grupo de extermínio, telefonava para os jornais fornecendo o paradeiro de novos corpos. Outro grupo de extermínio que agia na Baixada entre os anos setenta e início dos oitenta foi o “Killing”, composto por policiais que ainda estavam na ativa, ex policiais civis e militares. Apenas nos anos setenta, esse grupo teria matado aproximadamente 500 pessoas na Baixada Fluminense. Nesse período, os grupos de extermínio no Rio também passaram a serem chamados de “polícia mineira”.
Apesar dos novos tempos do esquadrão da morte a polícia do Rio ainda continuou, durante algum tempo, a agir de forma espetacular como na época de Le Cocq. Este foi o caso do denominado “12 Homens de Ouro”. O grupo era considerado a elite da polícia e foram oficialmente escolhidos, em 1969, pelo Secretário de Segurança general Luís França. Os “Homens de Ouro” foram criados para coibir a criminalidade e proteger os motoristas de taxi que estavam sendo assaltados e mortos pela quadrilha “bandeira 2”. Na verdade, em grande parte, a criação de um grupo de policiais com licença para matar foi, segundo um de seus integrantes o policial “Sivuca”, para “(…) acalmar a imprensa, dar satisfação à sociedade”. Entre os participantes do grupo estava o policial Mariel Mariscott que também se dedicava a ser “leão de chácara” de muitas das boates da zona sul do Rio, onde circulavam a elite e a classe média carioca. Acusado, entre outros crimes, de envolvimento com “bicheiros” e traficantes de drogas, Mariscott acabou preso e condenado a cumprir pena no presídio da Ilha Grande.
Além dos ‘Homens de Ouro”, que eram uma outra versão do esquadrão da morte, o general França também participou da repressão e perseguição aos inimigos políticos do regime militar. Entre outra, coordenou um comando nacional formado pelo Serviço Nacional de Informações ( S.N.I), polícia federal e polícia de vários estados, para tentar capturar Carlos Marighela. O Esquadrão do Rio de Janeiro também participou da repressão política. Pelo menos uma militante em 1972, Aura Maria Nascimento Furtado foi morta sob tortura pelo Esquadrão da Morte na Invernada de Olaria. Entretanto, segundo Hélio Pereira Bicudo, os principais serviços de informações da Ditadura Militar situavam se no Rio de Janeiro. Contando com as informações privilegiadas destes serviços de informações, a Ditadura não teria se utilizado do Esquadrão da Morte no Rio de Janeiro, da mesma forma como teria ocorrido em São Paulo. Nessa cidade, a Ditadura teria cooptado o Esquadrão para agir contra os inimigos do regime.
Martha Huggins aponta as relações existentes entre os militares envolvidos na luta contra a guerrilha e grupos de policiais pertencentes aos Esquadrões da Morte de estados brasileiros. E, segundo a autora, estas relações também eram compartilhadas por alguns consultores de segurança norte americanos que davam assessoria militar e policial e cooperavam com o governo ditatorial brasileiro. E foi neste período e apenas em algumas situações, que os militares brasileiros teriam se preocupado com a maneira como os esquadrões operavam nos estados brasileiros.
Huggins relata o caso, em fins dos anos sessenta, do esquadrão da morte no Espírito Santo. Naquele estado ele atuava através de policiais e delegados de polícia, com acusações de envolvimento nas atividades do esquadrão do Governador do Estado e do Secretário de Segurança Pública, irmão do Governador. O temor dos militares encerrava se no fato de que, alguns destes grupos, poderiam estar vendendo armas apreendidas com bandidos comuns e as revendendo aos guerrilheiros e opositores do regime como forma de lucrar com esta transação. As apurações revelaram que, além das armas, o grupo estava envolvido com roubos de carros e falsificações de documentos. Além de tortura e homicídio os membros do esquadrão local eram acusados de terem enterrado vivas algumas de suas vítimas. Anos mais tarde os militares teriam deixado de apoiar a demissão de secretário e do governador “(…) talvez porque a investigação estadual independente estivesse também revelando a relação dos próprios militares com os esquadrões da morte”.
No início dos anos sessenta, apesar do Esquadrão da Morte já estar atuando, no Rio de Janeiro o perfil da marginalidade ainda era diferente em relação aos nossos dias. Alves relata que os bandidos da época não portavam armamentos pesados e sofisticados como freqüentemente ocorre nos dias de hoje. No máximo que portavam era um revolver
calibre 38 e os punhais, navalhas e facas eram o mais comum. E, também praticamente não existia menores envolvidos com o crime violento. Em geral os bandidos na época viviam bem mais do que os de hoje. E, ainda não existiam as gangues e facções do crime organizado. Os bandidos, em geral reuniam se em bandos compostos por dois ou três para atuarem no mundo crime.
Nessa época os assaltos a bancos ainda não eram comuns. Tanto que, o famoso assalto ao Trem Pagador, realizado no Estado do Rio de Janeiro pela quadrilha de “Tião Medonho”, impressionou o país. Já em São Paulo, nos anos sessenta, um dos marginais que chamou atenção da população foi o “Bandido da Luz Vermelha”. Especializado em assaltar residências de luxo, homicida e estuprador, ele foi preso e condenado a uma pena de 30 anos de prisão.
Mas assaltos brutais também começaram a ocorrer. Em 1965 no bairro do Leblon, o latrocínio ocorrido no supermercado Peg Pag, onde dois assaltantes armados com um revolver 38 e uma metralhadora mataram quatro pessoas, chocou o Rio de Janeiro. No mesmo ano, em São Paulo, aproveitando se de uma greve de delegados da polícia, ao meio dia e em pleno centro da cidade, uma quadrilha formada por gregos armados com revolveres calibre 38, assalta uma camionete do Banco Moreira Salles, matam um funcionário e fogem com 500 milhões de cruzeiros. Após 1967 os assaltos, principalmente aos bancos, começaram a ficar cada vez mais comuns. Uma parte deles foi planejada e praticada por grupos guerrilheiros que se opunham ao governo militar e agiam assim para angariar fundos pala a luta armada contra o regime.
Outros assaltos começaram a serem realizados por quadrilhas que passaram a se armar cada vez mais. Um desses grupos foi comandado por Lúcio Flávio. Preso e condenado, Lúcio Flávio foi assassinado na prisão no Rio de Janeiro.
Em 1968 o esquadrão da morte no Rio de Janeiro tinha matado pelo menos 250 pessoas. Apenas em, Nova Iguaçu, baixada fluminense, entre 1970 a 1976, o esquadrão da morte assassinou 594 pessoas. Foi apenas em 1970 que foi criado no Rio de Janeiro uma Comissão Especial de Combate ao Esquadrão da Morte. No início da década de sessenta os membros do esquadrão eram tidos por setores da imprensa, autoridades e parte da população como um grupo de policiais valentes, honestos e que estavam limpando a cidade de marginais perigosos.
Exemplos disso podemos encontrar na imprensa e publicações do período. As ações policiais passaram a serem contadas como verdadeiras façanhas urbanas em que o policial era mascarado de herói e ainda em muitos casos, a imprensa sensacionalista acabava fabricando supostos bandidos perigosos para serem devidamente perseguidos pela polícia. Um dos inúmeros exemplos podemos encontrar no jornalista David Nasser, no Programa Diário de um Repórter, chamou os membros do esquadrão de “(…) os missionários do general França ( então Secretário de Segurança), os empreiteiros de Deus”12. Outro trabalho dos anos sessenta, um romance policial escrito pelos jornalistas Amado Ribeiro e Pinheiro Júnior13 narrou as ações de Le Coq e o seu grupo no Rio e baixada fluminense. Nesse livro, que começava com uma advertência dos autores de que seus personagens são reais, com exceção da personagem do bandido Minuano, uma mistura real de vários bandidos, os membros do esquadrão são apresentados como policiais honestos, valentes, defensores da sociedade e que matavam apenas em legítima defesa.
Jornais como a Última Hora, A Luta Democrática, O Dia, Notícias Populares faziam sucesso utilizando o binômio sexo e crimes para atingir as camadas populares da população. Em janeiro de 1968 a revista Realidade publicou uma matéria sobre o universo do jornalismo policial brasileiro e o texto da reportagem começava narrando o trabalho de Carlos Vinhais, então redator chefe da Luta Democrática : “(…) nessa noite não tinha havido nenhum crime de morte. Vinhais sobe na mesa, abre os braços e grita com toda a força, trágico, e patético: Quero um cadáver! Todo mundo nos telefones. Pelo amor de Deus, me arranjem um crime! Estou sem manchete”14. As redações desses jornais ferviam quando Rosa Vermelha e Lírio Branco, relações públicas do esquadrão carioca e paulista telefonavam com o endereço de novos “presuntos”, isto é, anunciando a localização a onde estavam os corpos de supostos marginais executados pelo grupo.
Rosa Vermelha, o relações públicas do esquadrão do Rio de Janeiro, ao telefonar para a redação de um jornal a fim de fornecer o número dos mortos da semana confessou o seguinte: “sinto um prazer quase sexual ao ver as balas perfurando os corpos dos criminosos e o sangue brotando como uma rosa vermelha da terra”. O mesmo Rosa Vermelha ao telefonar no ano de 1968 para o jornal carioca Última Hora, comunicou a filosofia do esquadrão: “A distância entre a justiça e a polícia nem sempre permite um combate eficaz ao crime e aos criminosos. Assim, só nos resta falar a linguagem deles: a lei do cão. Sempre que contamos com o apoio de um secretário da Segurança que quer ver a cidade livre do crime, nós trabalhamos como agora. Foi assim na época do general Kruel, de Gustavo Borges e está sendo agora com o general França. Esperamos que o distinto público da Guanabara compreenda nossa intenção”
Outro jornalista que começou a ficar famoso neste período foi o jornalista policial e radialista Afanásio Jazadi que, posteriormente, tornou se Deputado Estadual em São Paulo. A partir de 1967, em São Paulo, na Folha da Tarde, especializou em cobrir as principais ocorrência policiais, assaltos e atentados da guerrilha urbana em São Paulo e, principalmente “(…) pelo menos 150 locais de crimes do Esquadrão da Morte17”. Em 1972, Afanásio Jazadi iniciou a sua carreira na Jovem Pan com polêmicos programas de radio nos quais as ocorrências policiais e ocupavam um grande destaque.
Mas se os policiais truculentos eram festejados por segmentos da população, a intelectualidade começou a perceber de forma diferente e até a romantizar a figura do bandido, como um dos produtos de uma ordem social injusta. A morte de Mineirinho suscitou reflexões por parte de Clarice Lispector e José Carlos de Oliveira ( Carlinhos de Oliveira). O artista plástico Hélio Oiticica prestou várias homenagens a Cara de Cavalo. Uma delas foi a bandeira poema “Seja Marginal, Seja herói”. As camadas populares começaram a ser objeto de preocupação. Os estudantes, através da União Nacional de Estudantes ( U.N.E), criaram em 1961 o Centro Popular de Cultura ( C.P.C), que buscava construir uma cultura brasileira que fosse nacional, democrática e popular. Para os lados da universidade, os pesquisadores começaram a subir o morro e a realizar trabalhos sobre a vida de populações marginalizadas pelo sistema. E, também, pesquisas e teses sobre as condições de sobrevivência do homem do campo, que vivia miseravelmente e cuja solução passava por uma reforma agrária.
This entry was posted on July 25, 2007 at 3:18 pm and is filed under Brasil, Brazil, Financial Press. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site. -Leave a Reply