21 de outubro de 2010

O PSDB preferiu o caminho da mentira e do engodo.

Desfiliação do PSDB, uma imposição da coerência de quem rejeita o discurso das baixarias.

 

Com isso, o Brasil corre o risco de continuar  prisioneiro de alguns prelados hipócritas e pastores picaretas, os quais, no fundo, usam a religião com o objetivos de enriquecerem e manterem um pier para negócios espúrios, como obtenção de concessões para rádios e televisões.


Causa-me indignação a adoção de expedientes desonestos para ganhar votos, como prometer um reajuste de 10% aos aposentados e pensionistas do INSS sem tocar no fator previdenciário, redutor criado no primeiro governo FHC. Na mesma linha de inconsistência é oferecer o aumento do salário mínimo para R$ 600,00, já em 2011, sem os fundamentos legais pertinentes.

 

Como discordo radicalmente do discurso e do comportamento do candidato José Serra, em quem não votei no primeiro turno e em que não pretendo votar no segundo, estou formalizando o meu pedido de desfiliação do PSDB, com cópia para o cartório da minha Zona Eleitoral.
Na verdade, filiar-me a essa legenda foi um grande equívoco, por considerar que seria possível uma campanha de mudança fundada na idéia de um avanço, em relação ao quadro atual.

Serra com a cúpula da plutocracia sionista no Brasil:   

Boris Ber, Ricardo Berkiensztat e  Cláudio Lottenberg

Compromisso de uma marcha-à-ré na política externa

Já cometi muitos erros em minha vida pública, em geral, em face da minha ingenuidade e boa fé: nenhum deles, porém, foi da gravidade de alimentar esperança em quem não tem nenhum espírito público e também vê o poder como um fim em si.  (Postado por Pedro Porfírio)

O PSDB preferiu o caminho da mentira e do engodo

Desfiliação do PSDB, uma imposição da coerência de quem rejeita o discurso das baixarias.

 

Com isso, o Brasil corre o risco de continuar  prisioneiro de alguns prelados hipócritas e pastores picaretas, os quais, no fundo, usam a religião com o objetivos de enriquecerem e manterem um pier para negócios espúrios, como obtenção de concessões para rádios e televisões.

Causa-me indignação a adoção de expedientes desonestos para ganhar votos, como prometer um reajuste de 10% aos aposentados e pensionistas do INSS sem tocar no fator previdenciário, redutor criado no primeiro governo FHC. Na mesma linha de inconsistência é oferecer o aumento do salário mínimo para R$ 600,00, já em 2011, sem os fundamentos legais pertinentes.

 

Como discordo radicalmente do discurso e do comportamento do candidato José Serra, em quem não votei no primeiro turno e em que não pretendo votar no segundo, estou formalizando o meu pedido de desfiliação do PSDB, com cópia para o cartório da minha Zona Eleitoral.
Na verdade, filiar-me a essa legenda foi um grande equívoco, por considerar que seria possível uma campanha de mudança fundada na idéia de um avanço, em relação ao quadro atual.

Serra com a cúpula da plutocracia sionista no Brasil:
Boris Ber, Ricardo Berkiensztat e  Cláudio Lottenberg
Compromisso de uma marcha-à-ré na política externa

Já cometi muitos erros em minha vida pública, em geral, em face da minha ingenuidade e boa fé: nenhum deles, porém, foi da gravidade de alimentar esperança em quem não tem nenhum espírito público e também vê o poder como um fim em si.  (Por:Pedro Porfírio)

  • Boris Ber foi reeleito, 1 de dezembro de2009, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo. Essa nova gestão, cujo mandato é de dois anos, inicia com a promessa de manter o foco na área política, que continua exigindo uma presença atuante, e de dar continuidade e aprimorar os esforços já desenvolvidos nas áreas de educação, ação social, terceira idade e juventude, entre outras. - Em sua gestão, a equipe de Ber foi responsável, entre outras ações, pela campanha “Judaísmo, Descubra-se Aqui”, que tem como objetivo atrair às sinagogas, os judeus não praticantes. Pela fusão dos Colégios Bialik e Renascença, que deu origem a Nova Escola Judaica; e pelas diversas manifestações que reuniram milhares de pessoas em apoio ao Estado de Israel e contra a visita do presidente o Irã ao Brasil.( www.pletz.com)
  • Ricardo Berkiensztat Vice-Presidente da Federação Israelita, Marcelo Secemski, assessor da área de litoral e interior e Jairo Roizen, assessor de comunicação, estiveram na sede da prefeitura de Santo André, onde se reuniram com o Prefeito Aidan Ravin, a Vice-Prefeita Dinah Zekcer e a Secretária de Educação, Cleide Bauab Eid Bochixio, para dar andamento ao projeto “Lembrar”. Aprovado pela Câmara Municipal. O projeto tem como objetivo evitar o esquecimento e a negação do holocausto (http://www.fisesp.org.br)
  • Claudio Lottenberg presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Este é o terceiro mandato consecutivo do executivo.( www.saudebusinessweb.com.br)

    18 de outubro de 2010

    Na mira da PF, os senadores Agripino Maia, e Sérgio Guerra

    As investigações do esquema do governo Arruda no Distrito Federal prosseguem. Na mira da PF, os senadores Agripino Maia e Sérgio Guerra .
    Agripino Maia e Sérgio Guerra
    Por Leandro Fortes:



    Em 27 de novembro de 2009, o delegado Wellington Soares Gonçalves, da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, deu uma batida no gabinete de Fábio Simão, então chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. A ação, autorizada pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fazia parte da Operação Caixa de Pandora, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, responsável pela desarticulação de uma quadrilha montada no governo local movida a corrupção pesada e farta distribuição de propinas.
    Na sala de Simão, a equipe de policiais federais encontrou um CD com a seguinte inscrição: “Dist. De Dinh. Da Qualy, 8/10/2005”. Levado à perícia, o disco se revelaria um indício comprometedor contra dois dos principais líderes da oposição no Congresso Nacional, os senadores Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte, e Sérgio Guerra, do PSDB de PernambucoGuerra ocupa também a presidência nacional do partido e coordena a campanha de José Serra à Presidência.
    Feita a análise pela Divisão de Contra-inteligência da PF, descobriu-se que o CD possuía um único e extenso arquivo de áudio e vídeo, de 42,4 megabytes, com 46 minutos e dois segundos de duração. Nele estava registrada a conversa entre um homem não identificado e uma mulher identificada apenas como Dominga.
    A investigação dos federais revelou que Dominga era auxiliar de serviço-geral de uma companhia chamada Inteco, depois contratada pela Qualix Serviços Ambientais, empresa de coleta de lixo do Distrito Federal apontada como um dos sorvedouros de dinheiro público do esquema de corrupção do DEM em Brasília e parte de uma disputa política na qual se contrapõem Arruda e o também ex-governador Joaquim Roriz, do PSC. O chefe de Dominga era Eduardo Badra, então diretor da Qualix, para quem ela organizava a agenda, fazia depósitos bancários e “serviços particulares”. Na conversa com o amigo desconhecido, Dominga explicou que serviços eram esses.
    O trabalho da secretária era o de, basicamente, telefonar para os beneficiários de um esquema de propinas montado na casa de Badra e, em seguida, organizar a distribuição do dinheiro. De acordo com as informações retiradas do CD apreendido no gabinete de Simão, as pessoas para quem Dominga mais ligava eram, justamente, Agripino Maia, Sérgio Guerra e Joaquim Roriz.
    Também recebiam ligações da secretária Valério Neves, ex-chefe de gabinete de Roriz, e dois dirigentes da Belacap, estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do Distrito Federal: Luís Flores, diretor-geral da empresa, e Divino Barbosa, diretor operacionalFlores é primo de Weslian, mulher de Joaquim Roriz, alçada pelo marido candidata do PSC ao governo do DF depois que ele desistiu da disputa, temeroso de ver sua candidatura cassada por ficha suja.
    Segundo Dominga, quando a Qualix estava para receber valores de contrato da Belacap, Badra a obrigava a dar telefonemas “dia e noite”, não sem antes entrar em contato com um doleiro identificado como Faied, para saber quando ele poderia entregar o dinheiro, tanto em dólar quanto em real. De acordo com as informações da secretária, as propinas eram acomodadas em caixas de arquivos de papelão com montantes de 50 mil reais a serem distribuídos entre quadras de Brasília ouno estacionamento do restaurante Piantella, um dos mais tradicionais da capital federal, frequentado por políticos e jornalistas, de propriedade do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Lá, entre acepipes e vinhos caros, os interessados jantavam e decidiam como e quando seriam feitas as partilhas.
    Procurados por CartaCapital, os senadores Maia e Guerra responderam por meio de assessores de imprensa. Guerra, ponta de lança da ofensiva udenista montada pelo PSDB para atacar a candidata do PT, Dilma Rousseff, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Pernambuco em 3 de outubro. Ele admite ser amigo de Badra há 30 anos, desde que se conheceram em uma exposição agropecuária. Segundo ele, o vídeo apreendido pela PF circula por Brasília desde 2006 e, garante, trata-se de uma armação contra ele e outros políticos. “Entre mim e o Eduardo nunca houve outro relacionamento senão o de amizade, que vai continuar”, avisa.
    Maia foi ainda mais econômico com as palavras. Garante não ter nenhuma relação com Badra, de quem só se lembra de ter encontrado, “anos atrás”, para tratar de uma proposta da Qualix para se instalar no Rio Grande do Norte. O senador do DEM afirma ter sido procurado por outros órgãos de imprensa para falar sobre o mesmo assunto, mas que estes teriam se desinteressado logo depois de confrontados com a versão apresentada por ele.
    Nas redações de Brasília, a história é outra: nada foi publicado por pressão da campanha de Serra, em abril deste ano, para que a candidatura do tucano não se iniciasse com um escândalo envolvendo o presidente do partido e um líder do principal partido aliado, o DEM. Temiam, os tucanos, uma sinistra repetição da circunstância que, em 2005, derrubou do mesmo cargo o senador Eduardo Azeredo, mentor do “mensalão” do PSDB de Minas Gerais, ao lado do publicitário Marcos Valério de Souza, mais tarde flagrado no mesmo serviço de alimentação de caixa 2 para o PT.
    O esquema denunciado pela secretária Dominga é cheio de detalhes e, ainda hoje, surpreende a PF pelo grau de ousadia. As caixas eram colocadas em porta-malas de carros da quadrilha e, em seguida, repassadas pessoalmente por Badra a quem de direito. Nessa empreitada, revelou Dominga, ajudavam outros dois diretores da Qualix, Pedro Gonzales Campoamor, de Brasília, e Roberto Medeiros, de São Paulo. A secretária cita como origem dos recursos duas agências bancárias situadas no Setor Comercial Sul de Brasília, uma do Bradesco, outra do Banco de Brasília (BRB).
    De acordo com a investigação da PF, o dinheiro distribuído aos personagens citados no CD, entre os quais brilham Guerra e Maia, apelidados por Dominga de“pessoal da Belacap”, chegou a mais de 300 mil reais. Parte dos pagamentos, segundo a gravação obtida no GDF, ia para personagens identificados como criadores de cavalos registrados na conversa, alguns, como a própria secretária, sem registro de sobrenome. Entre eles, Mário de Andrade, Ana Lúcia Fontes, Ana Lúcia Junqueira e Alberto. Também aparecem nomes sem especificação como Marci Bagarolli, Carlos Junqueira, Gilda, Ana Jatobá, Antonio Clareti Zandonait e Daniel.
    A ação da Polícia Federal foi feita de surpresa na residência oficial de Águas Claras, onde Simão mantinha um gabinete pessoal. Ao chegar ao lugar, os agentes verificaram que todas as portas estavam abertas,- inclusive a de acesso ao prédio principal, com exceção daquela do gabinete de Simão. Por volta das 6h30, a PF acionou o serviço de um chaveiro para abrir a porta do auxiliar de Arruda, mas um funcionário anunciou que iria pegar as chaves. Em vão. Nenhuma delas abria a porta do chefe de gabinete. Foi preciso arrombar uma janela para que, então, os federais pudessem entrar no local, por volta das 7 horas.
    Às 7h15, segundo relato da PF, a mulher do governador, Flávia Arruda, chegou ao local para tomar conhecimento do mandado de busca e apreensão, mas em seguida foi embora, após informar que não tinha interesse em acompanhar a ação policial. A primeira coisa encontrada pelos agentes foi uma bolsa preta, escondida atrás de uma mesa, com cédulas de reais e dólares. Às 8h50, chegou José Gerardo Grossi, advogado de Arruda, também para verificar os termos do mandado e acompanhar a busca.

    A PF decidiu investigar a vida de Simão porque ele foi denunciado pelo ex-secretário distrital de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do chamado “mensalão do DEM”. Em um vídeo entregue ao Ministério Público Federal por Barbosa, ele mantém uma conversa com o representante de empresas de informática Agenor Damasceno Beserra. Os dois tratam de detalhes de uma licitação, estabelecem quem deve ganhar a disputa e como deve ser feito um aditivo de 4 milhões de reais. No diálogo, Beserra confirma ser Simão, chefe de gabinete de Arruda, o principal interessado na liberação do contrato e no aditivo.
    De acordo com o relatório da PF, o executivo Badra mora em São Paulo. Em Brasília, costumava se hospedar em um hotel no Setor Hoteleiro Sul. Mas, por causa da conversa gravada entre Dominga e o amigo, descobriu-se que ele chegou a alugar uma casa no Lago Sul de Brasília para promover “reuniões mais privadas”. Era lá que Dominga trabalhava. Badra também utilizava um apartamento do diretor da Qualix Pedro Campoamor, no bairro do Sudoeste. Em abril de 2009, relata a PF, a casa de Campoamor foi assaltada, os ladrões levaram 100 mil reais, mas nenhuma ocorrência foi feita na polícia.
    CartaCapital teve acesso aos documentos produzidos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na semana passada, quando os envolvidos acreditavam que o assunto estava enterrado pela burocracia. A Operação Caixa de Pandora, responsável pela prisão de Arruda e pela exposição do mais explícito espetáculo de corrupção da história do País, graças aos vídeos do delator Durval Barbosa, segue a todo vapor. Desde novembro de 2009, quando o CD de Dominga foi apreendido, um grupo de investigadores da Divisão de Inteligência da PF trabalha nos desdobramentos da operação. Os federais estão de olho, sobretudo, na guerra iniciada, há dez anos, em torno dos contratos de coleta de lixo no Distrito Federal.
    A Qualix faz parte desse pacote de investigações. A empresa, terceirizada a partir do governo Roriz, deteve praticamente o monopólio da coleta de lixo do DF entre 2000 e 2006, embora “quarteirizasse” serviços a outras duas empresas, a Nely Transportes e a Construtora Artec, de propriedade de César Lacerda, ex-deputado-distrital do PSDBligado à ex-governadora tucana Maria de Lourdes Abadia. Candidata derrotada ao Senado nas últimas eleições, Abadia assumiu o governo do DF em junho de 2006, quando Roriz renunciou para se candidatar à mesma Casa. Acabou eleito, mas foi obrigado a renunciar ao mandato para não ser cassado por corrupção.
    A rápida passagem de Abadia pelo governo distrital serviu para iniciar a guerra pelo controle dos contratos de lixo na capital federal e nas cidades-satélites. Não é por menos. Na última década, os cofres públicos distritais despejaram mais de 2 bilhões de reais nesses contratos, quase todos suspeitos e cheios de vícios.Abadia, aliada a Roriz, conseguiu quebrar o monopólio da Qualix, defendida pela turma de Arruda e do ex-secretário de Saúde Augusto Carvalho, deputado federal pelo PPS. Assim, dividiu o bolo do lixo com a Artec e mais duas outras empresas, ambas de Brasília, a Caenge Engenharia e a Valor Ambiental.
    Essa partilha contou com a participação de dois representantes do Ministério Público Distrital, os promotores Leonardo Bandarra, então procurador-geral de Justiça, nomeado por José Roberto Arruda, e Deborah Guerner, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em depoimento ao Ministério Público Federal, Barbosa acusou a dupla de ter facilitado a vida das empresas de lixo, além de ter recebido 1,6 milhão de reais para vazar informações, em 2008, sobre ações de busca e apreensão da Operação Megabyte, da Polícia Federal, realizada contra empresas de informática contratadas pelo governo. Em 7 de junho deste ano, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou, por unanimidade, um processo administrativo disciplinar contra Bandarra e Deborah Guerner para investigar o envolvimento de ambos no esquema.
    Uma semana depois da decisão do CNPM, a Polícia Federal foi à casa da promotora e descobriu, enterrado no quintal, um cofre com cerca de 300 mil reais. Os agentes saíram ainda com várias caixas com documentos da Caenge Engenharia e da Valor Ambiental, justamente as duas empresas colocadas no esquema por pressão da dupla Abadia-Roriz. Há duas semanas, a PF voltou ao jardim de Deborah Guerner e achou outro cofre enterrado, este recheado de mídias de informática e, para desespero de muita gente, mais CDs com gravações de áudio e vídeo.
    À Corregedoria do Ministério Público, Barbosa afirmou ter participado de uma reunião na casa da procuradora, onde estiveram presentes Arruda, o ex-vice-governador Paulo Octavio Pereira e Bandarra para, justamente, acertar os termos da divisão do contrato do lixo. Embora ainda estejam sob investigação, Bandarra e Deborah Guerner continuam no Ministério Público. A promotora entrou com um pedido de aposentadoria, ainda não deferido, por conta da sindicância aberta pelo órgão.
    A partir de 2006, na transição do governo do PSDB de Abadia para o DEM de Arruda, os contratos do lixo passaram a ser renovados emergencialmente, sem licitação a cada seis meses. Somente em junho de 2010 o governo conseguiu finalizar uma nova concorrência. Além da Qualix, participaram os suspeitos de sempre: Construtora Artec, Valor Ambiental, Caenge Engenharia, Nely Transportes e, novata no esquema, a Delta Construções.
    De acordo com informações do Siggo, o sistema de acompanhamento de gastos feito pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, a vencedora do primeiro lote da licitação realizada neste ano foi a Delta Construções, com o preço de 368,9 milhões de reais. A Qualix ficou em segundo, com 383,1 milhões de reais. A empresa Valor Ambiental foi a ganhadora do segundo lote, com o preço de 210 milhões reais, sete milhões de reais a menos que a segunda colocada, novamente a Qualix, com 217,1 -milhões de reais. No terceiro lote, a vencedora foi a Construtora Artec, com 173 milhões de reais. Em segundo, ficou a Delta, com 174 milhões de reais. Por meio de liminares, a Qualix tem conseguido suspender as contratações do primeiro e terceiro lotes.
    De acordo com a assessoria de imprensa da Qualix, a empresa mudou de dono, em junho passado, quando foi comprada pelo fundo privado Arion Capital. No fim de setembro, a empresa se colocou à disposição da Polícia Federal para abrir suas contas e a contabilidade para qualquer investigação. O assessor Paulo Figueiredo informa que a empresa realizou uma ampla auditoria nas contas da gestão passada da Qualix, iniciada em 1998, e não identificou nenhum pagamento ou saída de recursos feita de forma irregular. A decisão de colaborar com a PF veio, justamente, depois de parte da história sobre pagamentos de propinas revelados pela secretária Dominga vazar para a imprensa.
    Até junho de 2010, a Qualix pertencia ao grupo argentino Macri, quando entrou em situação pré-falimentar por conta de muitas dívidas.
    O Macri chegou a comprometer um terço do faturamento anual da empresa, calculado em 1 bilhão de reais, para pagamentos de faturas de curto prazo a diversos credores. A empresa tem sede em São Paulo e mais 11 filiais em várias capitais brasileiras, algumas com problemas graves. Em agosto, o prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), encerrou o contrato local com a Qualix pelo fato de a empresa não ter mais condição de colocar a frota de caminhões na rua. O ex-dono da Qualix, Franco Macri, está sob investigação da PF, acusado de enviar dinheiro para o exterior de forma ilegal. 
    Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor, autor dos livros Jornalismo Investigativo, Cayman: o dossiê do medo e Fragmentos da Grande Guerra, entre outros. Mantém um blog chamado Brasília eu Vi. http://brasiliaeuvi.wordpress.com - Fotos: Ana Amara/DN e William Volcov/ AE

    14 de outubro de 2010

    Por que a Globo ajuda Serra a esconder Paulo Preto?

    Por que a Globo ajuda Serra a esconder Paulo Preto?

    Da série:

    Serra se complica após denúncia

    Após negar, tucano admite conhecer acusado de sumir com R$ 4 milhões de sua campanha


    Brasília - Na enxurrada de denúncias entre os candidatos à Presidência, uma pergunta da petista Dilma Rousseff, feita ao tucano José Serra no debate da Band, no último domingo, só foi respondida ontem. Mesmo assim, após o acusado cobrar resposta de Serra, que chegou a negar que o conhecia, mas depois admitiu o contrário. Dilma se referiu ao engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto ou Homem-Bomba, que, segundo reportagem da revista ‘Isto É’ publicada em agosto, arrecadou pelo menos R$ 4 milhões para a campanha eleitoral, sem que os recursos tenham chegado ao caixa do comitê de Serra.

    Ontem, no jornal ‘Folha de S.Paulo’, Paulo Preto, ex-diretor da Dersa — estatal paulista responsável pelas principais obras viárias do estado, como o Rodoanel, investimento de mais de R$ 5 bilhões — cobrou de Serra resposta às acusações. “Não somos amigos, mas ele (Serra) me conhece muito bem. Ele tem que responder”.

    À Folha, o engenheiro negou ter arrecadado recursos para o PSDB, mas diz que “criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos”. “Não se larga um líder ferido na estrada, a troco de nada. Não cometam esse erro”, disse ele, em recado direto a líderes tucanos.

    No dia seguinte ao debate, em entrevista ao portal Terra, Serra afirmou que “não sabia quem era Paulo Preto”. “Nunca ouvi falar. Ele é um factoide”, disse. Após carreata em Goiânia (GO), Serra parece ter mudado de opinião.

    O tucano passou a se referir a Paulo Preto como inocente. “Vamos deixar claro. A Dilma chegou no debate e disse que tinha havido um desvio de R$ 4 milhões na minha campanha. Ou seja, que alguém contribuiu e não chegou à minha campanha. Isso não é verdade. Ele (Paulo Preto) é totalmente inocente. Ele não fez nada disso”, disse Serra.

    Na entrevista da ‘Isto É’, Paulo Preto é criticado por Eduardo Jorge, vice nacional do PSDB. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido”, disse. A revista também cita a investigação Castelo de Areia, da Polícia Federal, em que Paulo Preto aparece como uma das pessoas que teriam recebido propina de uma empreiteira.



    http://odia.terra.com.br/portal/brasil/eleicoes2010/html/2010/10/serra_se_complica_apos_denuncia_116673.html 

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    Serra: Eduardo Jorge, José Anibal e Evandro Losacco mentiram?

    de reportagem da revista IstoÉ:
    “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido. Não autorizamos ninguém a receber dinheiro de caixa 2. As únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas”, afirma o ex-ministro Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB.
    “Fiquei sabendo da história desse cara ontem”, disse o deputado José Aníbal (SP), ex-líder do partido na Câmara, na terça-feira 10. “Parece mesmo que ele sumiu. Desapareceu. Me falaram que ele foi para a Europa. Vi esse cara na inauguração do Rodoanel.”
    “Essa arrecadação foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas”, afirmou à ISTOÉ Evandro Losacco, membro da Executiva do PSDB e tesoureiro-adjunto do partido, na quarta-feira 11. Losacco, que foi secretário-geral do PSDB paulista até 2007, afirma que desde 2008 alertava a cúpula do partido sobre os movimentos de Paulo Vieira na Dersa. “Esse tipo de pessoa existe na administração pública. Tem a facilidade de achacar e não tem o menor controle. Todo mundo já sabia há muito tempo disso”, conta o dirigente tucano.
    da entrevista de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, à Folha:
    O que me espanta nesse sr Eduardo Jorge, que eu não conheço, é que ele processou todos os veículos de comunicação por terem feito com ele o que ele fez comigo agora. A mesma coisa o sr. Losacco. Ele é candidato. Eu fico abismado… Eu só fiz o bem para esse pessoal. No primeiro dia que saiu, eu me reuni com o meu advogado e disse: quero processar esses caras. Eu trabalhei para um governo que eu imagino honesto até hoje.
    Do candidato José Serra, em Aparecida, segundo o R7 (depois de ter dito que não conhecia Paulo Preto):
    - O Paulo Souza não está trabalhando na área de finanças da campanha, não recolheu dinheiro que não chegou à campanha. Eu teria sabido. Se sou o candidato, eu saberia. Isso não aconteceu. Não existiu nenhum desvio.

    Em Aparecida, Serra disse que a acusação contra Paulo Preto foi um “factoide” criado para jogar na imprensa.
    Se é assim, então quem criou o factoide foi o próprio PSDB, já que o caso Paulo Preto foi divulgado pelas revistas Veja e Época. Não se pode dizer que as duas façam campanha contra Serra.
    Trata-se, aparentemente, de uma disputa interna do partido.
    Ou seja, Serra acusa o PSDB de criar factoides e usar a imprensa para disseminá-los, a mesma acusação que este site tem feito.Sistematicamente.
    Paulo Preto na Veja (O Homem-Bomba do tucano Aloysio Nunes)
    Paulo Preto na Época (Ecos do Buraco Tucano)

    http://www.viomundo.com.br/politica/serra-diz-que-eduardo-jorge-jose-anibal-e-evandro-losacco-mentiram.html

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    Paulo Preto e os cofres de José Serra

    publicada quarta-feira, 13/10/2010 às 01:06 e atualizada quarta-feira, 13/10/2010 às 16:47



    Serra e logo à frente (agachado, de camisa azul) Paulo Preto: homem que o tucano dizia desconhecer
    Paulo Preto veio à tona – como se fosse a lama acumulada no fundo de uma represa, e que repentinamente sobe à superfície.
    Quem trouxe Paulo Preto à tona foi Dilma Rousseff, no debate da “Band”. Poucos meses antes, o engenheiro (um ex-funcionário da estatal paulista Dersa, que administra e constrói rodovias) aparecera em reportagens discretas de duas revistas (“Veja” e “Época”), tratado como “homem-bomba” dos tucanos. Teria arrecadado 4 milhões de reais, e sumido com a grana. Ele nega, mas alguns tucanos confirmam - como veremos a seguir.
    Dilma relembrou a história no debate de domingo. Serra preferiu não responder. Na segunda-feira, a Record trouxe o caso completo, em horário nobre, no “Jornal da Record”. O texto e o vídeo você encontra aqui.
    A Globo escondeu a história: Ali Kamel prefere não mostrar Preto na tela. Também na segunda, Serra disse que não conhecia Paulo Preto.
    Na terça-feira, dia 12 de outubro, enquanto os padres despejavam panfletos contra Dilma em Aparecida, Serra teve que mudar de idéia. Defendeu Paulo Preto – o tal que ele não conhecia. 
    Hum…
    Por que Serra fez isso?
    Porque Paulo Preto deu uma entrevista à “Folha”, e com sutileza de elefante em loja de cristais avisou ao PSDB: “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”. 
    Hum…
    Preto fora demitido da Dersa, sem explicação. Queima de arquivo? Só que o arquivo continua por aí. Preto (o homem que Serra defende) tem em seu currículo uma prisão: ele foi acusado de tentar vender numa joalheria um bracelete roubado. Bracelete de 20 mil reais.
    Gente fina.
    Mais que isso: Eduardo Jorge – outro homem da grana dos tucanos – dissera à revista “Istoé” que Paulo Preto havia (sim!) arrecadado dinheiro sem conhecimento dos tesoureiros oficiais da campanha.
    Serra – que agora defende Paulo Preto (aquele que ele afirmava não conhecer) – desmentiu Eduardo Jorge.
    A história é cheia de nuances.
    Tão interessante quanto o fato de ter mandado recado para Serra pelos jornais, foi Paulo Preto ter escolhido a dedo a repórter que o entrevistou na “Folha”: Andrea Michael. Na Operação Satiagraha, ela foi acusada pelo delegado Protógenes Queiroz de publicar reportagens que favoreciam Daniel Dantas.
    Não a conheço pessaoalmente, não sei se a acusação é justa.
    Mas é estranho que Paulo Preto tenha escolhido Andrea Michael para dar seu recado.
    Reparem que na reportagem da Record a repórter conversa por telefone com o advogado de Preto, e pergunta se haveria alguma chance de entrevistar o engenheiro. A resposta do advogado: “zero”.
    No dia seguinte, Paulo Preto falava com Andrea Michael Na “Folha”. Será que foi Paulo Preto mesmo quem mandou recados a Serra? Ou haveria outro personagem oculto nessa história – um banqueiro, talvez?
    A conferir.
    O fato é que a história revela disputa interna pesada no tucanato.
    Imaginem se fosse alguém do PT? Seria Jornal Nacional 5 vezes por semana, até a eleição. Além do mais, Paulo Preto não é um homem da província apenas. Trabalhou dentro do Palácio do Planalto no governo FHC, como revelou a “Istoé”: 
    O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma história profissional ligada ao setor público e há 11 anos ocupa cargos de confiança nos governos tucanos. No segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi assessor especial da Presidência e trabalhou quatro anos no Palácio do Planalto, como coordenador do Programa Brasil Empreendedor.
    Paulo Preto e o desvio de 4 milhões de reais é apenas uma das pautas – desagradáveis a Serra – ignoradas pela velha mídia durante a campanha. Por que ressurgiu agora? Porque Dilma trouxe à tona essa lama esquecida no fundo da represa. Mas também porque parece haver um desarranjo na aliança tucana. Haveria fissuras entre o serrismo e Dantas?
    Outras pautas que Dilma pode explorar:
    - o pai de Suzana Richtoffen – morto pela filha, como o Brasil inteiro lembra  – trabalhava na mesma Dersa (reza a lenda que o crime poderia envolver disputa por recursos desviados dos cofres públicos e enviados ao exterior, em contas secretas);
    - o caso Alstom (executivos da empresa foram presos na Europa por corrupção em países da América Latina; a Alstom é fornecedora do Metrô de São Paulo; o PSDB barra há vários anos uma CPI para investigar o Caso Alstom).
    Há dezenas de outros.
    A velha imprensa quer abrir os cofres da Justiça Militar - para usar depoimentos e documentos de torturadores (elaborados durante a ditadura) contra Dilma Rousseff.
    Mas a velha imprensa não quer abrir o “cofre” de Serra.
    Lá pode haver muito mais do que os supostos 4 milhões de Paulo Preto (que ele nega ter arrecadado. No cofre do tucano, há histórias mal contadas, desde que Serra presidia a UNE (União Nacional dos Estudantes).
    Pergunta desse Escrevinhador: onde foi parar o dinheiro que a UNE tinha no cofre no dia 31 de março de 1964, quando houve o golpe militar no Brasil? Serra presidia a entidade.

    http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/paulo-preto-e-os-cofres-de-serra.html

    +++

    Terra - 11/10/201 - 17h28
    "Não sei quem é Paulo Preto; é um factóide", diz Serra em GOO candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, disse na tarde desta segunda-feira (11), em Goiânia, que desconhece Paulo Vieira de Souza, ex-diretor do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) na gestão tucana em São Paulo (conhecido como Paulo Preto), que teria sumido com R$ 4 milhões de campanha eleitoral - questionamento feito pela candidata petista Dilma Rousseff neste domingo (10) em debate promovido pela Rede Bandeirantes
    http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4729669-EI15315,00-Nao+sei+quem+e+Paulo+Preto+e+um+factoide+diz+Serra+em+GO.html
    ..
    http://www.grupobeatrice.blogspot.com/
    Postado por RIZOMA BEATRICE

    Baixarias na internet conectam campanha de Serra com extremistas, DEM e Daniel Dantas

    O CAMINHO DA CALÚNIA
    por Tony Chastinet
    Recebi  um daqueles e-mails nojentos e anônimos, que estão circulando na internet, com calúnias contra a candidata Dilma Roussef. Decidi gastar alguns minutos para tentar identificar os autores. Consegui, e repasso abaixo as informações sobre os autores da baixaria – incluindo as fontes da pesquisa. 
    Há um e-mail circulando na internet com o seguinte título: “Candidatos de esquerda”. Na mensagem há uma série de calúnias contra Dilma, e o pedido para se votar no Serra. Também recomenda a leitura do site
    www.tribunanacional.com.br.
    Entrei na página e de cara me deparei com aquela foto montada da Dilma ao lado de um fuzil. Uma verdadeira central de calúnias ligada à extrema direita. Vejam uma amostra neste linkhttp://www.tribunanacional.com.br/v2/editorial/a-terrorista/.
    O e-mail foi enviado para minha caixa postal na noite de domingo. O remetente é um tal de Ingo Schimidt (ingo@tribunanacional.com.br). O site está registrado na Fapesp em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares”.
    Essa associação tem CNPJ (026.990.366/0001-49), está localizada na SCRN, 706-707, Bloco B, Sala 125, na Asa Norte, em Brasília. O responsável pelo site chama-se Nei Mohn. Em uma pesquisa superficial na internet, descobre-se que ele foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968. Era informante do Cenimar e suspeito de atos de terrorismo na década de 80 (bombas em bancas de jornais e outros atentados feitos pela tigrada da comunidade de informações). Também foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos (vejam abaixo nas fontes).
    Nunca foi investigado e sequer punido pelas barbaridades que aprontou. Para isso, contou com a proteção dos militares e da comunidade de informações para abafar os escândalos e investigações.
    Prossegui na pesquisa e descobri que o filho de Nei, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado por Daniel Dantas para representar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) em ação no TCU movida pelo deputado para tentar impedir a compra de ações da BRT/OI pelos fundos de pensão.
    Interessante essa ligação entre a extrema direita, nazistas e Daniel Dantas. Mas tem mais.
    No registro do site ainda há outros dois nomes apontados como responsáveis pela página: Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto e Zoltan Nassif Korontai.
    Serpa Pinto trabalha na Secretaria da Fazenda de Mato Grosso. Korontai é responsável pelo sitehttp://www.projetovendabrasil.com.br. É um negócio estranho como pode ser visto na página da internet. Ele atua na área de tecnologia e fez concurso para analista de sistemas no TRE do Paraná.
    O cadastro do site dele está em nome da CliqueHost Internet Hosting e Eletro Eletrônicos (CNPJ 008.144.575/0001-90 – Avenida Doutor Chucri Zaidan, 246, SL 18, São Paulo). O responsável chama-se Frederich Resende Soares Marinho.
     Marinho é consultor de informática e trabalha em Piraúba (MG). Há uma série de reclamações de que ele vendeu hospedagens de site e não entregou o serviço. Ele é membro da Assembleia de Deus em Sorocaba.
     Outro dado interessante: Ingo coloca um link no e-mail para quem não quiser mais receber as mensagens. Esse link aponta para o seguinte endereço: ingo.newssender.com.br. Newssender é um serviço de marketing eletrônico (leia-se spam) registrado e vendido pela Locaweb Serviços de Internet S/A. O curioso é que é o mesmo provedor que hospeda o site do candidato tucano.
    ===
    Fontes:
    – Tribuna Nacional – Dados do Registro.br
    entidade: Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares
    documento: 026.990.366/0001-49
    responsável: Nei Möhn
    2 – Nei Mohn
    3 – Filho de Nei
    Bruno Degrazia Möhn (OAB/DF 18.161)
    Trabalha no escritório Menezes e Vieira Advogados Associados –http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=11457 – artigo defesa ppp
    Escritório contratado por Dantas no caso BRT – http://www.anapar.com.br/noticias.php?id=6602
    4 – Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto
    Funcionário da secretaria estadual da fazenda de mato grosso
    5 – Zoltan Nassif Korontai
    Dados do registro.br
    entidade: CliqueHost Internet Hosting e Eletro Eletrônicos L


    1) A organização remetente tem como responsável Nei Mohn (foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968, ex-informante do órgão de repressão na ditadura, suspeito de atos de terrorismo na década de 80, como bombas em bancas de jornais e outros atentados, foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas).

    2) O filho de Nei Mohn, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado por Daniel Dantas para representar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) em ação no TCU movida pelo deputado para tentar impedir a compra de ações da Brasil Telecom pelos fundos de pensão. 

    10 de outubro de 2010

    Rodoanel, Paulo Preto,Operação Castelo de Areia da PF






    13/05/2010 - 22:30
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    Brasil

    O 'homem-bomba' do tucano Aloysio Nunes

    Fernando Mello e Marina Dias


    Como diretor de Engenharia do Dersa, Paulo Vieira de Souza, também conhecido pelo apelido de Paulo Preto, foi responsável pelas grandes obras viárias do governo de São Paulo nos últimos três anos. Seu trabalho lhe rendeu, em dezembro de 2009, o prêmio de profissional do ano do Instituto de Engenharia de São Paulo. Em 1º de abril deste ano, ele festejou a inauguração do trecho sul do Rodoanel. Oito dias depois, no entanto, foi demitido de seu cargo. A decisão da cúpula da Dersa foi unânime. A nota no Diário Oficial, publicada no dia 21 de abril, não informa a causa da exoneração – e a assessoria de imprensa da empresa afirma apenas que foi uma "decisão de governo". Mas razões extra-oficiais não faltam. Vieira de Souza aparece em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. Pelo menos quatro desses documentos, obtidos com exclusividade por VEJA.com, trazem indícios de que o engenheiro era destinatário de propinas da construtora. Um dos papéis mostra quatro pagamentos mensais de416.500 reais, com data inicial de 20 de dezembro de 2007. A Castelo de Areia foi suspensa, em janeiro deste ano, por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).  Vieira de Souza, estranhamente, não foi indiciado na primeira fase da operação, e talvez nunca venha a ser. Mas, em ano eleitoral, tornou-se um "homem-bomba".
    Ele tem estreitas ligações políticas e pessoais com Aloysio Nunes Ferreira Filho, ex-secretário da Casa Civil de São Paulo e candidato do PSDB-SP ao Senado. Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu "interlocutor" junto ao empresariado. A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento. A filha do engenheiro, a advogada Priscila Arana de Souza, e sua mãe, Ruth de Souza, fizeram um empréstimo de 300.000 reais ao tucano — dos quais a advogada arcou com 250.000 reais, conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo em dezembro. "A filha dele me emprestou um dinheiro para eu comprar um imóvel, pois eu queria fechar negócio e não podia esperar sair o financiamento do banco. Paguei à Priscila no ano passado mesmo, em três ou quatro prestações. Tenho meus cheques todos registrados. Está tudo correto e documentado", diz Aloysio. A assessoria do ex-secretário enviou uma relação de seis cheques de três bancos diferentes, relacionados ao pagamento da dívida. Cinco deles são de 2008: dois no valor de 50.000 reais, um no valor de 60.000 reais, um de 81.000 reais e o último, de 19.000 reais. Há também um cheque de 50.000 reais de maio de 2009.
    Na versão de Aloysio, a demissão do amigo Vieira de Souza até parece voluntária. "Ele pretendia deixar o governo após a inauguração do Rodoanel", diz. "Foi inaugurado e ele saiu." Souza é mais duro ao falar do assunto. Atribui a demissão a atritos causados pelo seu estilo de trabalho, de dura cobrança de prazos. "Sempre disse que o Rodoanel tinha dia e hora para acabar. E isso incomoda", afirma. "Mas não importa. O Brasil inteiro sabe que o protagonista do Rodoanel fui eu. Não faz diferença se estou dentro ou fora do governo." O engenheiro rebate a tese de que sua exoneração poderia estar ligada às investigações sobre a Camargo Corrêa. "Não tem nada contra mim na Operação", diz ele.
    Vieira de Souza tem razão em relação ao relatório final da PF. Seu nome tem uma única menção breve no documento, e ele não faz parte do rol dos indiciados. No relatório de inteligência, que serviu de base para o inquérito, a história é outra. É lá que estão reproduzidos os papeis que sugerem que ele recebeu propina da construtora. As obras do Rodoanel apareciam nas anotações com a sigla ARO, decifrada com informações retiradas do computador da secretária pessoal de Pietro Bianchi, diretor da Camargo, empresa que cuidou do lote 4 do trecho Sul, orçado em 500 milhões de reais. Esse mesmo relatório de inteligência traz dezenas de menções a políticos dos mais diferentes partidos. Há inclusive uma extensa lista de doações eleitorais registradas como "sem recibo" – uma forma oblíqua de definir o caixa dois.
    A Operação Castelo de Areia foi deflagrada em março de 2009. A informação de que a investigação tinha potencial para abalar as carreiras de diversos políticos e administradores públicos veio à tona logo em seguida. A PF afirmou que trataria desses assuntos em um momento posterior. Passaram-se nove meses, nada aconteceu e a operação foi suspensa pela Justiça, quase como num passe de mágica. O fato de que os indícios coletados pela PF não ganhem consequências práticas é pernicioso. Ao contrário do que Vieira de Souza diz, existe, sim, material contra ele nos arquivos da PF. Material suficiente para que o Ministério Público Federal em São Paulo considerasse necessária uma investigação mais aprofundada sobre ele. Mas a questão não é apenas punir aqueles que merecerem castigo. Quando informações desse tipo ficam no limbo, caso daquelas que constam dos relatórios de inteligência da PF e sem mais nem menos desaparecem dos relatórios finais que embasam a abertura de inquéritos, cria-se espaço para que entrem em campo os fabricadores de dossiês — um tipo de fauna que insiste em reaparecer das trevas em anos eleitorais.