Houve conivência, imprudência, falência do grupo Silvio Santos.
A crise de 2008, alguns bancos passaram por dificuldade. O governo entendeu que era necessário segurar qualquer abalo no sistema financeiro. Em essência, em vários casos havia o chamado “descasamento” entre ativo e passivo. A solução encontrada foi a compra de parte desses bancos pelo BB e pela CEF. trata-se de falsas operações: registra-se um empréstimo que não ocorreu, ou registra-se por um valor acima do efetivamente ocorrido. Isso é contabilizado no ativo da entidade – a receber – e, portanto, impacta até mesmo o lucro. E dividendos também são distribuidos sobre essa irrealidade. A CEF nada viu na sua “due dilligence”. E o Banco Central, que fiscaliza os bancos, também nada havia visto.
02.12.09 - Após oito meses de negociação, a Caixa Econômica Federal fechou por R$ 739,27 milhões, a compra de 49% do capital votante do Banco PanAmericano.
Embora o FGC seja financiado com o dinheiro dos Bancos estes fundos são financiados pelas sobras dos grandes lucros obtidos pelo sistema financeiro mediante todo tipo de exploração sobre o consumidor brasileiro e autorizadas por esse governo.
E aí volto ao início: é a outra face da tal independência do Banco Central. No Brasil, o Bacen tem tantos poderes – não é apenas autoridade monetária ou guardião da moeda – e isso tudo está no pacote da tal “independência informal”. Em síntese, é um grande “jeitinho”: não está na lei, na Constituição Federal diz que quem manda em todo o Poder Executivo é o Presidente da República, mas como se trata de algo do interesse dos bancos prevalece uma “lei” muito mais forte, que é exatamente a lei do mais forte. E fica o Banco Central exercitando sua “independência” não prevista em lugar nenhum, e os demais exercitando sua omissão.
O Problema nem é a transação financeira em si, que de uma forma ou de outra há de ocorrer de tempos em tempos no mercado financeiro. O problema é a postura do SBT no período eleitoral.
Tristes trópicos.
O escândalo do Banco PanAmericano mostra até que ponto vai a audácia do governo Lula no uso dos recursos públicos nas mais diferentes“maracutaias”, como o ilustre presidente gosta de classificar as negociatas dos adversários.
A pergunta é: por que a Caixa Econômica precisava assumir 49% (e não o controle) do Bando, perdão, Banco PanAmericano? Esse tipo de negócio já tinha sido feito com o Votorantim, e vale repetir a pergunta: por que o Banco do Brasil precisava assumir 49% (e não o controle) do bando, perdão, banco da família Ermírio de Moraes?
E o pior... Operações deste tipo têm que ser condenadas.São atitudes dos governantes, que envereda por um caminho bastante perigoso.
Saiba os detalhes dessa transação:
http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=13120
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